A escrava Isaura

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O leitor provavelmente não terá ficado menos atônito do que ficou Álvaro, com o imprevisto aparecimento de Leôncio no Recife, e indo bater certo na casa em que se achava refugiada a sua escrava. É preciso, portanto, explicar-lhe como isso aconteceu, para que não pense que foi por algum milagre.
Probabilmente il lettore non era meno stupito di Álvaro per l'inaspettata apparizione di Leôncio a Recife, diretto alla casa dove si nascondeva il suo schiavo. È necessario, quindi, spiegargli come è successo, in modo che non pensi che sia stato un miracolo.

Leôncio, depois de ter escrito e entregado no correio as duas cartas que conhecemos, uma dirigida a Álvaro, outra a Martinho, nem por isso ficou mais tranqüilo. Devorava-lhe a alma uma inquietação mortal, um ciúme desesperador. A notícia de que Isaura se achava em poder de um belo e rico mancebo, que a amava loucamente, era para ele um suplício insuportável, um cancro, que lhe corroía as entranhas, e o fazia estrebuchar em ânsias de desespero, avivando-lhe cada vez mais a paixão furiosa que concebera por sua escrava. Achava-se ele na corte, para onde, logo que teve notícias de Isaura, se dirigia imediatamente, a fim de se achar em um centro, de onde pudesse tomar medidas prontas e enérgicas para a captura da mesma.
Leôncio, dopo aver scritto e consegnato all'ufficio postale le due lettere che conosciamo, una indirizzata ad Álvaro, l'altra a Martinho, non si sentì più rassicurato. Un'inquietudine mortale, una gelosia disperata, gli divoravano l'anima. La notizia che Isaura era in potere di un giovane bello e ricco, che l'amava follemente, fu per lui un tormento insopportabile, un cancro che gli rodeva le viscere e lo faceva contorcersi in accessi di disperazione, ravvivando di nuovo ogni suo respiro. la passione furiosa che aveva concepito per il suo schiavo. Si trovava a corte, dove, appena avesse avuto notizie di Isaura, si sarebbe subito recato, per trovarsi in un centro, da dove avrebbe potuto prendere solleciti ed energici provvedimenti per catturarla.

Tendo escrito e entregue as cartas na véspera da partida do vapor pela manhã, levou o resto do dia a cismar. A terrível ansiedade em que se achava não lhe permitia esperar a resposta e o resultado daquelas cartas, sendo muito mais morosas e espaçadas do que hoje as viagens dos paquetes naquela época, em que apenas se havia inaugurado a navegação a vapor pelas costas do Brasil. Demais, ocorria-lhe freqüentemente ao espírito o anexim popular — quem quer vai, quem não quer manda. — Não podia fiar-se na diligência e boa vontade de pessoas desconhecidas, que talvez não pudessem lutar vantajosamente contra a influência de Álvaro, o qual, segundo lho pintavam, era um potentado em sua terra. O ciúme e a vingança não gostam de confiar a olhos e mãos alheias a execução de seus desígnios.
Dopo aver scritto e consegnato le lettere la mattina prima della partenza del piroscafo, trascorse il resto della giornata a rimuginare. La terribile ansia in cui si trovava non gli consentiva di attendere la risposta e l'esito di quelle lettere, essendo molto più lunghe e distanziate dei viaggi dei piroscafi di allora, quando era appena stata inaugurata la navigazione a vapore lungo il coste del Brasile. Inoltre, mi veniva spesso in mente l'aggiunta popolare: chi vuole andare, chi non vuole governare. — Non poteva contare sulla diligenza e sulla buona volontà di persone sconosciute, che potrebbero non essere in grado di combattere vantaggiosamente contro l'influenza di Álvaro, il quale, secondo quanto gli è stato descritto, era un potentato nella sua terra. La gelosia e la vendetta non amano affidare l'esecuzione dei loro piani agli occhi e alle mani degli altri.

— É indispensável que eu mesmo vá, — pensou Leôncio, e firme nesta resolução foi ter com o ministro da justiça, com quem cultivava relações de amizade, e pediu-lhe uma carta de recomendação, — o que eqüivale a uma ordem, — ao chefe de polícia de Pernambuco, para que o auxiliasse eficazmente para o descobrimento e captura de uma escrava. Já de antemão Leôncio também se havia munido de uma precatória e mandado de prisão contra Miguel, a quem havia feito processar e pronunciar como ladrão e acoutador de sua escrava. O sanhudo paxá de nada se esquecia para tornar completa a sua vingança.
"È indispensabile che vada io stesso", pensò Leôncio, e fermo in questa risoluzione, andò dal ministro della giustizia, con il quale coltivava rapporti amichevoli, e gli chiese una lettera di raccomandazione, - che equivaleva a un ordine, — al capo della polizia di Pernambuco, per aiutarlo efficacemente nel ritrovamento e nella cattura di una schiava. In precedenza, Leôncio si era anche dotato di una precatoria e di un mandato di cattura per Miguel, che aveva fatto processare e dichiarare ladro e accusatore del suo schiavo. Il pascià assetato di sangue non ha dimenticato nulla per completare la sua vendetta.

No outro dia Leôncio seguia para o Norte no mesmo vapor que conduzia suas cartas. Estas, porém, chegaram ao seu destino algumas horas antes que o seu autor desembarcasse no Recife. Leôncio, apenas pôs pé em terra, dirigiu-se ao chefe de policia, e entregando-lhe a carta do ministro inteirou-o de sua pretensão. Tenho a informar-lhe, senhor Leôncio, — respondeu-lhe o chefe — que haverá talvez pouco mais de duas horas que daqui saiu uma pessoa autorizada por V. S.a para o mesmo fim de apreender essa escrava, e ainda há pouco aqui chegou de volta declarando que tinha-se enganado, e que acabava de reconhecer que a pessoa, de quem desconfiava, não é e nem pode ser a escrava que fugiu a V. S.a.
Il giorno successivo, Leôncio si stava dirigendo a nord sullo stesso piroscafo che trasportava le sue lettere. Questi però sono arrivati ​​a destinazione poche ore prima che il loro autore sbarcasse a Recife. Leôncio, appena messo piede a terra, andò dal capo della polizia e, porgendogli la lettera del ministro, lo informò della sua intenzione. Devo informarvi, Senhor Leôncio, — rispose il capo, — che forse poco più di due ore fa è partita di qui una persona, da voi autorizzata allo stesso scopo a catturare quello schiavo, e poco fa è tornata qui dichiarando che aveva commesso un errore e che aveva appena riconosciuto che la persona di cui sospettava non era e non può essere lo schiavo che è scappato da te.

— Um certo Martinho, não, senhor doutor?... — Justamente. — Deveras!... que me diz, senhor doutor? — A verdade; ainda aí estão à porta o oficial de justiça e os guardas, que o acompanharam. — De maneira que terei perdido o meu tempo e a minha viagem!... oh! não, não; isto não é possível. Creia-me, senhor doutor, aqui há patranha... o tal senhor Álvaro dizem que é muito rico... — E o tal Martinho um valdevinos capaz de todas as infâmias.
— Un certo Martin, vero, dottore?... — Appunto. — Davvero!... che ne dici, dottore? - La verità; l'ufficiale giudiziario e le guardie che lo accompagnavano sono ancora sulla porta. — Così avrò perso il mio tempo e il mio viaggio!... oh! no no; Non è possibile. Mi creda, dottore, c'è qualche inganno qui... Che il signor Álvaro, dicono, è molto ricco... —E che Martinho è un Valdevinos capace di ogni sorta di infamie.

— E é o que venho disposto a fazer. Irei lá eu mesmo verificar o negócio por meus próprios olhos, e já, se for possível. — Quando quiser. Ali estão o oficial de justiça e os guardas, que ainda agora de lá vieram, e ninguém melhor do que eles pode guiar a V. Sa. e efetuar a captura, caso reconheça ser a sua própria escrava. —Também me é preciso que V. Sa. ponha o — cumpra-se — nesta precatória — disse Leôncio apresentando a precatória contra Miguel — é necessário punir o patife que teve a audácia de desencaminhar e roubar-me a escrava.
"Ed è quello che sono stato disposto a fare." Ci andrò io stesso per vedere di persona l'affare, e subito, se possibile. - Quando vuoi. Ci sono l'ufficiale giudiziario e le guardie, che sono appena arrivate da lì, e nessuno meglio di loro può guidarti. ed esegui la cattura, se riconosce di essere la sua stessa schiava. —Ho bisogno anche di te. metti — sii adempiuta — in questa citazione — disse Leôncio presentando la citazione contro Miguel — è necessario punire il mascalzone che ha avuto l'audacia di sviarsi e rubare il mio schiavo.

O chefe satisfez sem hesitar ao pedido de Leôncio, que acompanhado da pequena escolta, que fez subir ao seu carro, no mesmo momento se dirigiu à casa de Isaura, onde o deixamos em face de Álvaro. A situação deste não era só crítica; era desesperada. O seu antagonista ali estava armado de seu incontestável direito para humilhá-lo, esmagá-lo, e o que mais é, despedaçar-lhe a alma, roubando-lhe a amante adorada, o ídolo de seu coração, que ia-lhe ser arrancada dos braços para ser prostituída ao amor senhor devasso, se não sacrificada ao seu furor. Não tinha remédio senão curvar-se sem murmurar ao golpe do destino, e ver de braços cruzados metida em ferros, e entregue ao azorrague do algoz a nobre e angélica criatura, que, única entre tantas belezas, lhe fizera palpitar o coração em emoções do mais extremoso e puro amor.
Il capo acconsentì senza esitazione alla richiesta di Leôncio, il quale, accompagnato dalla piccola scorta che aveva messo in macchina, si recò nello stesso momento a casa di Isaura, dove lo lasciammo davanti ad Álvaro. La sua situazione non era solo critica; era disperato. Il suo antagonista lì era armato del suo diritto incontestabile di umiliarlo, schiacciarlo e, per di più, strappargli l'anima, rubandogli l'amante adorato, l'idolo del suo cuore, che gli sarebbe stato strappato via. essere prostituita all'amore del signore sfrenato, se non sacrificata alla sua furia. Non ebbe altra scelta che inchinarsi senza mormorare al colpo della sorte, e vedere, con le braccia incrociate, incatenata e consegnata alla sferza del carnefice, la nobile e angelica creatura, che, unica tra tante bellezze, aveva fatto il suo cuore palpita nelle emozioni dell'amore più estremo e puro.

Deplorável contingência, a que somos arrastados em conseqüência de uma instituição absurda e desumana! O devasso, o libertino, o algoz, apresenta-se altivo e arrogante, tendo a seu favor a lei, e a autoridade, o direito e a força, lança a garra sobre a presa, que é objeto de sua cobiça ou de seu ódio, e pode frui-la ou esmagá-la a seu talante, enquanto o homem de nobre coração, de impulsos generosos, inerme perante a lei, aí fica suplantado, tolhido, manietado sem poder estender o braço em socorro da inocente e nobre vítima, que deseja proteger. Assim, por uma estranha aberração, vemos a lei armando o vício, e decepando os braços à virtude.
Deplorevole contingenza, alla quale siamo trascinati per effetto di un'istituzione assurda e disumana! Lo sfrenato, il libertino, il carnefice, si presenta altero e arrogante, avendo la legge a suo favore, e l'autorità, il diritto e la forza, scaglia l'artiglio sulla preda, che è oggetto della sua avidità o del suo odio, e può goderselo o schiacciarlo a suo piacimento, mentre l'uomo dal cuore nobile, dagli impulsi generosi, impotente davanti alla legge, vi è soppiantato, ostacolato, incatenato senza poter tendere il braccio in aiuto dell'innocente e nobile vittima, vuoi proteggere. Così, per una strana aberrazione, vediamo la legge armare il vizio e tagliare le braccia alla virtù.

Estava pois Álvaro em presença de Leôncio como o condenado em presença do algoz. A mão da fatalidade o socalcava com todo o seu peso esmagador, sem lhe deixar livre o mínimo movimento. Vinha Leôncio ardendo em fúrias de raiva e de ciúme, e prevalecendo-se de sua vantajosa posição, aproveitou a ocasião para vingar-se de seu rival, não com a nobreza de cavalheiro, mas procurando humilhá-lo à força de impropérios.
Álvaro era allora alla presenza di Leôncio come il condannato alla presenza del carnefice. La mano del destino premeva su di lui con tutto il suo peso schiacciante, senza permettergli il minimo movimento. Leôncio ardeva di furore di rabbia e gelosia, e approfittando della sua posizione vantaggiosa, approfittò dell'occasione per vendicarsi del suo rivale, non con la nobiltà di un gentiluomo, ma cercando di umiliarlo per mezzo di insulti.

— Sei que há muito tempo, — disse Leôncio, continuando o diálogo que deixamos interrompido no capítulo antecedente, — V. Sa. retêm essa escrava em seu poder contra toda a justiça, iludindo as autoridades com falsas alegações, que nunca poderá provar. Porém agora venho eu mesmo reclamá-la e burlar os seus planos, e artifícios.
— So che molto tempo fa — disse Leonzio, continuando il dialogo che abbiamo lasciato interrotto nel capitolo precedente — V. Sa. tengono in loro potere questo schiavo contro ogni giustizia, ingannando le autorità con false affermazioni, che non potranno mai provare. Ma ora vengo a reclamarla io stesso e ad ingannare i suoi piani e i suoi artifici.

— Artifícios não, senhor. Protegi e protejo francamente uma escrava contra as violências de um senhor, que quer tornar-se seu algoz; eis aí tudo. — Ah!... agora é que sei que qualquer aí pode subtrair um escravo ao domínio de seu senhor a pretexto de protegê-lo, e que cada qual tem o direito de velar sobre o modo por que são tratados os escravos alheios. — V. Sa. está de disposição a escarnecer, e eu declaro-lhe que nenhuma vontade tenho de escarnecer, nem de ser escarnecido. — Confesso-lhe que desejo muito a liberdade dessa escrava, tanto quanto desejo a minha felicidade, e estou disposto a fazer todos os sacrifícios possíveis para consegui-la. Já lhe ofereci dinheiro, e ainda ofereço. — Dou-lhe o que pedir... dou-lhe uma fortuna por essa escrava. Abra preço...
«Non trucchi, signore. Ho protetto e proteggo francamente una schiava dalla violenza di un padrone, che vuole diventare il suo carnefice; ecco tutto. "Ah!... ora so che chiunque là può sottrarre uno schiavo dal dominio del suo padrone col pretesto di proteggerlo, e che ognuno ha il diritto di vigilare sul modo in cui vengono trattati gli schiavi altrui." — V. Sa. è disposto a deridere, e io gli dichiaro che non ho alcun desiderio di deridere, né di essere deriso. "Confesso che desidero la libertà di questo schiavo tanto quanto desidero la mia felicità, e sono disposto a fare tutti i sacrifici possibili per ottenerla." Ti ho già offerto del denaro e lo faccio ancora. "Ti darò quello che chiedi... ti darò una fortuna per quello schiavo." Prezzo aperto...

— Não há dinheiro que a pague; nem todo o ouro do mundo, porque não quero vendê-la. — Mas isso é um capricho bárbaro, uma perversidade... — Seja capricho da qualidade que V. Sa. quiser; porventura não posso ter eu os meus caprichos, contanto que não ofenda direitos de ninguém?... porventura V. Sa. não tem também o seu capricho de querê-la para si?... mas o seu capricho ofende os meus direitos, e eis aí o que não posso tolerar.
— Non ci sono soldi per pagarlo; non tutto l'oro del mondo, perché non voglio venderlo. — Ma questo è un barbaro capriccio, una perversità... — Sii un capriccio della qualità che tu. lui vuole; Non posso avere i miei capricci, purché non offenda i diritti di nessuno? non ha anche lui il suo capriccio di volerla per sé?... ma il suo capriccio offende i miei diritti, ed è questo che non posso tollerare.

— Mas o meu capricho é nobre e benfazejo, e o seu é uma tirania, para não dizer uma vilania. V. Sa. mancha a sua vida com uma nódoa indelével conservando na escravidão essa mulher; cospe o desrespeito e a injúria sobre o túmulo de sua santa mãe, que criou com tanta delicadeza, educou com tanto esmero essa escrava, para torná-la digna da liberdade que pretendia dar-lhe, e não para satisfazer aos caprichos de V. Sa. Ela por certo lá do céu, onde está, o amaldiçoará, e o mundo inteiro a acompanhará na maldição ao homem que retém no mais infamante cativeiro uma criatura cheia de virtudes, prendas e beleza.
"Ma il mio capriccio è nobile e benefico, e il tuo è tirannia, per non dire malvagità." V. Sa. macchia la sua vita di una macchia indelebile tenendo quella donna in schiavitù; sputa mancanza di rispetto e insulti sulla tomba della sua santa madre, che ha allevato così delicatamente, ha educato questa schiava con tanta cura, per renderla degna della libertà che intendeva darle, e non per soddisfare i tuoi capricci. . Lo maledirà certamente dal cielo, dove si trova, e il mondo intero l'accompagnerà nel maledire l'uomo che tiene nella prigionia più infame una creatura piena di virtù, di doni e di bellezza.

— Basta, senhor!.. agora fico também sabendo, que uma escrava, só pelo fato de ser bonita e prendada, tem direitos à liberdade. Pique também V. Sa. sabendo, que se minha mãe não criou essa rapariga para satisfazer aos meus caprichos, muito menos para satisfazer aos de V. Sa. a quem nunca conheceu nesta vida. Senhor Álvaro, se deseja ter alguma linda escrava para sua amásia procure outra, compre-a, que a respeito desta, pode perder toda a esperança.
— Basta, signore!... adesso scopro anche che una schiava, proprio perché è bella e dotata, ha diritto alla libertà. Trita anche V. Sa. sapendo che se mia madre non ha cresciuto quella ragazza per soddisfare i miei capricci, tanto meno per soddisfare i tuoi. che non hai mai incontrato in questa vita. Señor Álvaro, se vuoi avere una bella schiava per tuo amore, cercane un'altra, comprala, perché su questa potresti perdere ogni speranza.

— Senhor Leôncio, V. Sa. decerto esquece-se do lugar onde está, e da pessoa com quem fala, e julga que se acha em sua fazenda falando aos seus feitores ou a seus escravos. Advirto-lhe, para que mude de linguagem. — Basta, senhor; deixemo-nos de vás disputas, e nem eu vim aqui para ser catequizado por V. Sa. O que quero é a entrega da escrava e nada mais. Não me obrigue a usar do meu direito levando-a à força.
— Signor Leôncio, Vostro Onore. certamente dimentica il luogo in cui si trova, e la persona con cui sta parlando, e pensa di essere nel suo podere a parlare con i suoi capi o con i suoi schiavi. Ti avverto, in modo che tu cambi la tua lingua. “Basta, signore; smettiamola con queste vane dispute, e io non sono nemmeno venuto qui per farmi catechizzare da te. Quello che voglio è la consegna dello schiavo e nient'altro. Non costringermi a usare il mio diritto prendendola con la forza.

Álvaro, desvairado por tão grosseiras e ferinas provocações, perdeu de todo a prudência e sangue-frio. Entendeu que para sair-se bem na terrível conjuntura em que se achava, só havia um caminho, — matar o seu antagonista ou morrer-lhe às mãos, — e cedendo a essas sugestões da cólera e do desespero, saltou da cadeira em que estava, agarrou Leôncio pela gola e sacudindo-o com força: Álvaro, ob dieser groben und bestialischen Provokationen erzürnt, verlor jede Beherrschung und Kaltblütigkeit.
Alvaro, impazzito da provocazioni così maleducate e feroci, perse ogni prudenza e sangue freddo. Capì che per avere successo nella terribile situazione in cui si trovava, c'era solo una strada da percorrere - uccidere il suo antagonista o morire per mano sua - e, cedendo a quelle suggestioni di rabbia e disperazione, saltò fuori dal , afferrò Leôncio per il bavero e lo scosse forte: Álvaro, ob dieser groben und bestialischen Provokationen erzürnt, verlor jede Beherrschung und Kaltblütigkeit.

— Algoz! — bradou espumando de raiva, — ai tens a tua escrava! mas antes de levá-la, hás de responder pelos insultos que me tens dirigido, ouviste?... ou acaso pensas que eu também sou teu escravo?.. — Está louco, homem! — disse Leôncio amedrontado. — As leis do nosso país não permitem o duelo. — Que me importam as leis!... para o homem de brio a honra é superior às leis, e se não és um covarde, como penso... —Socorro, que querem assassinar-me, — bradou Leôncio desembaraçando-se das mãos de Álvaro, e correndo para a porta. — Infame! — rugiu Álvaro, cruzando os braços e rangendo os dentes num sorrir de cólera e desdém...
"Boia! gridò, schiumante di rabbia, “ecco il tuo schiavo! ma prima di prenderla devi rispondere degli insulti che mi hai rivolto, hai capito?... o credi che io sia anche il tuo schiavo?... —Sei matto, amico! disse Leôncio, spaventato. “Le leggi del nostro paese non consentono il duello. "Che m'importa delle leggi!... per un uomo orgoglioso, l'onore è superiore alle leggi, e se tu non sei un codardo, come penso..." Le mani di Álvaro, e correre verso la porta. “Infame! ruggì Álvaro, incrociando le braccia e digrignando i denti in un sorriso di rabbia e sdegno...

No mesmo momento, atraídos pelo barulho, entravam na sala de um lado Isaura e Miguel, do outro o oficial de justiça e os guardas. Isaura estava com o ouvido aguçado, e do interior da casa ouvira e compreendera tudo. Viu que tudo estava perdido, e correu a atalhar o desatino, que por amor dela Álvaro ia cometer.
Nello stesso momento, attratti dal rumore, Isaura e Miguel entrarono nella stanza da un lato, l'ufficiale giudiziario e le guardie dall'altro. Isaura aveva un orecchio attento, e da dentro casa aveva sentito e capito tutto. Vide che tutto era perduto e si affrettò a porre fine alla follia che, per amore di lei, Álvaro stava per commettere.

— Aqui estou, senhor! — foram as únicas palavras que pronunciou apresentando-se de braços cruzados diante de seu senhor. — Ei-los ai; são estes! — exclamou Leôncio indicando aos guardas Isaura e Miguel. Prendam-os!.. prendam-os!... —Vai-te, Isaura, vai-te, — murmurou Álvaro com voz trêmula e sumida, achegando-se da cativa. — Não desanimes; eu não te abandonarei. — Confia em Deus e em meu amor.
"Eccomi, signore!" - furono le uniche parole che pronunciò, presentandosi davanti al suo padrone con le braccia incrociate. - Sono là; questi sono! esclamò Leôncio, indicando Isaura e Miguel alle guardie. Arrestateli!... arrestateli!... —Vattene, Isaura, vattene, — mormorò Álvaro con voce tremula e debole, avvicinandosi al prigioniero. - Non essere scoraggiato; non ti abbandonerò. — Confida in Dio e nel mio amore.

Uma hora depois Álvaro recebia em casa a visita de Martinho. Vinha este mui ancho e lampeiro dar conta de sua comissão, e sôfrego por embolsar a soma convencionada.
Un'ora dopo Álvaro ricevette a casa la visita di Martinho. Questo molto grande e lanterna venne a rendere conto della sua commissione, e desideroso di intascare la somma pattuita.

— Dez contos!... oh! — vinha ele pensando. — uma fortuna! agora sim, posso eu viver independente!... Adeus, surrados bancos de Academia!... adeus, livros sebosos, que tanto tempo andei folheando à toa!... vou atirar-vos pela janela a fora; não preciso mais de vós: meu futuro está feito. Em breve serei capitalista, banqueiro, comendador, barão, e verão para quanto presto!...
"Dieci conti!... oh!" stava pensando. - una fortuna! ora posso vivere indipendente!... Addio, logori banchi dell'Accademia!... Addio, libri unti che da tanto tempo sfoglio senza meta!... Vi butto dalla finestra; Non ho più bisogno di te: il mio futuro è finito. Presto sarò capitalista, banchiere, comandante, barone, e vedrai quanto valgo!...

E à força de multiplicar cálculos de usura e agiotagem, já Martinho havia centuplicado aquela soma em sua imaginação.
E a furia di moltiplicare i calcoli dell'usura e dello strozzinaggio, Martinho aveva già centuplicato quella somma nella sua immaginazione.

— Meu caro senhor Álvaro, — veio logo dizendo sem mais preâmbulos, — está tudo arranjado à medida de nossos desejos. Pode V. Sa. viver tranqüilo em companhia da gentil fugitiva, que daqui em diante ninguém mais o importunará. — De feito o procedimento de V. S.ª nesta questão tem sido muito belo e digno de elogios; é próprio de um coração grande e generoso como o de V. Sa. Não se dá maior desaforo! no cativeiro uma menina tão mimosa e tão prendada!... — Agora aqui está a carta, que escrevo ao lorpa do sultãozinho. Prego-lhe meia dúzia de carapetões, que o hão de desorientar completamente.
— Mio caro signor Álvaro, — venne subito dicendo senza ulteriori preamboli, — tutto è disposto secondo i nostri desideri. Può V. Sa. vivere serenamente in compagnia del mite fuggiasco, che d'ora in poi nessuno gli darà più fastidio. — Infatti il ​​vostro modo di procedere in questa materia è stato molto bello e degno di lode; appartiene a un cuore grande e generoso come il tuo. Non c'è mancanza di rispetto più grande! in cattività una fanciulla così dolce e dotata!... —Ecco la lettera che scrivo alla lorpa del piccolo sultano. Gli inchiodo una mezza dozzina di carapetos, che lo disorienteranno completamente.

Assim falando, Martinho desdobrou a carta, e já começava a lê-la, quando Álvaro impacientado o interrompeu. — Basta, senhor Martinho, — disse-lhe com mau humor; — o negócio está arranjado; não preciso mais de seus serviços. — Arranjado!... como?... — A escrava está em poder de seu senhor. — De Leôncio!... impossível! — Entretanto, é a pura verdade; se quiser saber mais vá à polícia, e indague. — E os meus dez contos?... — Creio que não lhos devo mais.
Così dicendo, Martinho aprì la lettera, e già cominciava a leggerla, quando Álvaro, spazientito, lo interruppe. "Basta così, signor Martinho," dissi di cattivo umore; — l'affare è concluso; Non ho più bisogno dei tuoi servizi. "Combinato!... come?..." "La schiava è in potere del suo padrone." — Da Leonzio!... impossibile! — Tuttavia, è la pura verità; se vuoi saperne di più vai in Questura e chiedi. —E i miei dieci conti?... —Credo di non doverli più.

Martinho soltou um urro de desespero, e saiu da casa de Álvaro com tal precipitação, que parecia ir rolando pelas escadas abaixo. Descrever o mísero estado em que ficou aquela pobre alma, é empresa em que não me meto; os leitores que façam idéia. O cão faminto, iludido pela sombra, largou a carne que tinha entre os dentes, e ficou sem uma nem outra.
Martinho lanciò un urlo di disperazione e uscì dalla casa di Alvaro con una tale fretta che sembrava stesse rotolando giù per le scale. Descrivere lo stato miserabile in cui fu lasciata quella povera anima è impresa a cui non entro; lettori per farsi un'idea. Il cane affamato, ingannato dall'ombra, lasciò cadere la carne che aveva tra i denti e rimase senza l'uno o l'altro.



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